sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O meu balanço

Como fazemos todo início de ano, pretendo apresentar aqui o meu balanço, quer dizer, uma análise fria e imparcial da situação de nosso time.

Em primeiro lugar, tenho que discordar da afirmação de que o time é o mesmo do ano passado, que não se reforçou. Quem disse isso? Quem teve o prazer de ver o jogo do Fluminense de domingo se deleitou com o maior reforço do Flamengo na temporada. Aquele que foi o homem do jogo. Aquele que definiu o resultado. Responsável por dois gols. Quem? Quem? Começa com J. Termina com ailton. Ele mesmo. Eu vou evitar falar o nome, por causa da minha pressão.

E aí, na cozinha, do Bruno ao Juan tudo igual, e que ninguém se machuque. No resto do time a segunda coisa que o Cuca fez (depois de vender aquela coisa pro Fluminense) foi tirar o Ewerton do meio, porque é óbvio, o garoto não é meia. Beleza.

Então tava pintando um meio de campo com três cabeças de área que sabem jogar, Kleberson, Ibson e Jônatas. Mas aí entrou o tal do Willians. Aí vem aquele papo, ele se apresenta no ataque, tem alguma qualidade, etc. E fica a pergunta. Pra onde é que vamos?

Voltando no tempo. Antigamente se procurava o sujeito que sabia jogar bola pra botar no meio, porque meio de campo é pra quem sabe. Meio de campo era pra jogadores talentosos, que, por ofício, também tinham que marcar. Eram "talentosos e talentosos-marcadores". Aí veio a copa de 82 e o mundo virou ao contrário: meio de campo tem que ter marcador de ofício. Cerezo e Falcão eram muito leves, não marcavam bem, por isso perdemos. Precisamos de sujeitos mais grossos. Teoria confirmada: copa de 94. Dunga, Mário Silva, como dizia o Pelé, Mazinho e Zinho. Isso sim é meio de campo. E de lá pra cá a gente vive na merda, como meios divididos entre marcadores e criadores.

Mas isso vem mudando. E em meio à mediocridade o Joel descobriu o ouro ao fazer, de certa forma, o contrário daquilo que era a mentalidade em 82, escalando marcadores que sabem jogar. Marcadores-talentosos. Ao escalar o meio com Ibson, Renato Augusto, Jonatas e Toró, todos marcadores com condição de chegar ao ataque, Joel criou um meio de campo de marcadores que conseguiam criar, ao invés de criadores que podiam marcar. E deu certo, em grande parte por causa da mediocridade do futebol brasileiro.

Então ano passado tínhamos 4 meias marcadores-talentosos. Mas hoje temos metade disso. Dois marcadores-talentosos - Ibson e Kleberson - e dois marcadores-marcadores, Airton e Willians. Ou seja, uma espécie de terceiro estágio pra baixo da mediocridade. Não é de se espantar que o time tenha dificuldade de criar.

Se continuar nessa formação vai ficar difícil. Mas o time tem opção, tem os próprios Jonatas e Toró no banco, além do Fierro, sempre pronto pra entrar, e do Frambueza. E o Cuca não é doente da cabeça. Só tem aquele problema da coçadinha no cucuruto quando perguntam pra ele se o time dele vai ganhar, o que é foda. Mas chegou a hora dele ser campeão. Bora Mengão! Bora Cuca! Bora Obama! Bora Obina!

SRN

2 comentários:

  1. É, então vamos começar o debate flamengo! Não corcordo em parte com o que você disse. Acho que, pelo menos nesses dois jogos, o Willians foi bem mais efetivo do que o Airton. Aliás, esse aí foi mal nos dois jogos, e não dá nem pra falar que é falta de condicionamento, pois o cara tem 18 anos! ele pode passar a noite num baile funk e ir direto pro Maraca de trem, vestir o manto e entrar em campo! E o Jônatas, não sei não! Acho que ele é um presepeiro, um cara que tem talento, mas não o sabe utilizar. Não tem sangue, não tem a cara do Flamengo. E o Kleberson está jogando muito mal, perdidaço! Em suma, montaria o meio de campo mais ofensivo; afinal, o Estadual não seria uma espécie de torneio início, uma continuação da pré-temporada? O SP já faz isso há muito tempo, e eles não são menos felizes por isso! Assim, escalaria Willians, Ibson, Marcelinho e Zé Roberto, com esse voltando um pouco mais e ajudando na marcação. Se o negócio ficar ruim, colocaria o Toró no lugar de um desses dois últimos. No ataque, Obina e mais um. Acho que não dá pro Everton ainda, e nem quero mais ver o Marcelinho no ataque, o cara joga de má vontade e depois não sabe porque saiu. Tá mais do que na hora de testar o Vandinho e o Josiel. Se não testar agora vai testar quando? Num mata-mata da Copa do Brasil? No início do Brasileirão? E Maxi, eu me recuso a comentar. Pra mim, só entraria em uma condição específica: para aproveitar contra-ataques, quando a defesa adversária estiver aberta. E o Cuca não tem jeito mesmo, ele vai continuar com aquela cara de bunda mesmo se voltar de Tóquio, em 2010, com o caneco debaixo do braço. Pra dar jeito nele, só mesmo o cirurgião plástico oficial do Planalto; afinal, se ele conseguiu colocar um sorriso na cara da Dilma, por que não conseguiria colocar um no Cuca? SRN. Mário.

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  2. Como diz nosso amigo Ale: "Saudações Flamenguistas"
    É isso ai. Bora mengão. Apesar de ter começado o ano teoricamente bem, falta aquelas vitórias de quem joga com raça e paixão, que o Mengão conhece bem. Será que vamos chegar ao final da Taça Guanabara ganhando por 1x0, 2x1? Pô, se livra logo do reclamão do Marcelinho Paraiba e vamos jogar o verdadeiro futebol brasilieiro e flamenguista e ganhar com raça. Espero ver raça em campo no domingo contra o Volta Redonda.

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